sábado, 3 de dezembro de 2011

Desempenho no provão do 4º bimestre

Veja o seu desempenho no provão do 4º bimestre, clique no link referente à sua sala ao lado.

Observações:

1 - As notas do 4º bimestre, publicarei terça-feira dia 6 de dezembro;

2 - Nas notas do provão, as duas últimas colunas: Hist e Ger referem-se à nota de História, lembrem-se cada atividade vale 2,0 que são somadas.

Publicando novamente Conte com sua vaga

Estamos publicando uma nova versão do texto do Prof. Micaelis. Como a plataforma Blogspot permite muito poucos recursos, veja o texto agora como imagem.


CLIQUE NA IMAGEM PARA OBTER MELHOR VISUALIZAÇÃO.


DIVULGUE!



CLIQUE NA IMAGEM PARA OBTER MELHOR VISUALIZAÇÃO.

sábado, 12 de novembro de 2011


CONTE COM SUA VAGA NO ALBERTO CONTE

MAS O QUE É QUE O CONTE TEM?

CONTESCRITA
CONTEBIBLIOFILIA
CONTEXTOS
CONTEPOESIAS
CONTEQUAÇÕES
CONTEGEOMETRIA
CONTEMATEMATIZAÇÕES
CONTEMQUÍMICA
CONTESUBSTÂNCIAS
CONTEPARTÍCULAS
CONTEATÔMICO
CONTENERGIAS
CONTEFÍSICO
CONTEQUÂNTICO
CONTEÓLICO
CONTESOLAR
CONTEMVIDA
CONTECOLOGIA
CONTEGENÉTICO
CONTECOSSISTEMA
CONTEBIODIVERSIDADE
CONTEPRESERVAR
CONTEMIDEIAS
CONTEPARAPENSAR
CONTEFILOSÓFICODIALÉTICO
CONTEMPROCESSO
CONTETRANSFORMAR
CONTEMPORÂNEO
CONTEREPUBLICANO
CONTEGEOPOLITIZAÇÕES
CONTEHISTORIOGRAFIA
CONTEDEMOCRACIA
CONTEREVOLUÇÕES
CONTESSENCIAL
CONTEXISTENCIAL
CONTESOCIALOGICIZAÇÕES
CONTENGLISH
CONTESPANHOL
CONTEFUTEBOL
CONTESPORTERADICAL
CONTEARTE
CONTECINE
CONTEVÍDEO
CONTECÂMERA
CONTEAÇÃO
CONTEATRO
CONTENCENAÇÕES
CONTEMFORMAS
CONTEMCORES
CONTECINTILAÇÕES
CONTECIENTISTAS
CONTEARTISTAS
CONTEJORNALISTAS
CONTESCRITORES
CONTEMPROSA
CONTEMVERSOS
CONTEUNIVERSOS
CONTEAMADO
CONTEMACHADO
CONTECAMÕES
CONTEMÚSICA
CONTEMFOGODASCRIAÇÕES
CONTERRAPLANETÁGUA*
CONTECANÇÕES
CONTEOXIGÊNIO
CONTEMQUERESPIRAR
CONTEPRANA
CONTEVIVO
CONTELIVRE
CONTEABERTO

CONTE ALBERTO CONTE

*

A CANÇÃO TERRA PLANETA ÁGUA, ATUALMENTE CONSIDERADA UM HINO ECOLÓGICO, É DA AUTORIA DE GUILHERME ARANTES.
ENTRE MUITOS, GUILHERME ARANTES É UM DOS ILUSTRES ESTUDANTES FORMADOS PELA
E.E. PROF. ALBERTO CONTE.


*

CONTE ABERTO PARA CADASTRAMENTO.

CADASTRE-SE EM 2011 E, EM 2012,
ESTUDE NA ESCOLA ESTADUAL ALBERTO CONTE.

ATÉ O DIA 21 DE NOVEMBRO DE 2011.
RUA MÁRIO LOPES LEÃO N.º 120

NO CORAÇÃO DE SANTO AMARO.

IMPORTANTE: PEÇA COMPROVANTE DA INSCRIÇÃO, ESPECIFICANDO SUA OPÇÃO PELA
E.E. PROF. ALBERTO CONTE.


*

CONTE COM A ESCOLA QUE CONTA COM VOCÊ !

*

AOS ESTUDANTES DA TERCEIRA SÉRIE

LEMBRE-SE VOCÊ É UM SER VIVO,
ASSIM COMO UMA ÁRVORE.
QUANDO VOCÊ SAIR DESTE SOLO FÉRTIL,
COLOQUE OUTRA SEMENTE NO SEU LUGAR.
TRAGA UM NOVO ESTUDANTE
PARA O ALBERTO CONTE.
É PRECISO TER RESPONSABILIDADE SOCIAL E PENSAR NOS OUTROS, EM TODA A COMUNIDADE.
O CONTE É COMO VOCÊ, UM ORGANISMO VIVO, NÃO O DEIXE MORRER.
ESTA É A IDEIA QUE DÁ SIGNIFICADO AO CONCEITO DE SUSTENTABILIDADE.

SE VOCÊ GOSTA DA SUA ESCOLA,
NA QUAL PASSOU ALGUNS DOS MELHORES ANOS
DE SUA VIDA,
PRESERVE TAMBÉM A VIDA
DA INSTITUIÇÃO QUE LHE FORMOU.

VOCÊ NÃO É OBRIGADO A FAZÊ-LO.
MAS SE SENTIR GRATIDÃO A ELA,
FAÇA; SIMPLESMENTE, POR AMOR!


PROF. MICHAELIS


*


terça-feira, 8 de novembro de 2011

A VIDA NA AMÉRICA ANTES DA CONQUISTA EUROPEIA - SOCIEDADES MAIA, INCA E ASTECA

Para início de conversa:

Sobre a vida na América antes da conquista europeia a partir do século XV, ou para ser preciso, a partir de 1492 alguns aspectos devem ser destacados. Primeiramente, a respeito da chegada dos europeus por aqui, houve descobrimento, conquista ou apenas um encontro de culturas?
Este assunto parece ser apenas uma questão de palavras, um preciosismo para historiadores. Talvez o seja, mas tentemos algumas reflexões sobre o assunto.
Tradicionalmente, uma visão historiográfica mais conservadora chama este momento como descobrimento. Para explicar esta situação, vamos recorrer ao que fala o professor Carlos Guilherme: “É um dos acontecimentos mais importantes dentre os que definem o início da história moderna. As navegações de Colombo provaram a esfericidade da Terra e permitiram que os europeus entrassem em contato com civilizações que desconheciam. Isso abriu um novo capítulo na história da expansão europeia, marcada pela guerra de extermínio que sucedeu ao longo do período colonial, inclusive nas terras que constituíram o Brasil atual. Houve, sim, genocídio. Os historiadores de hoje até se perguntam se houve um descobrimento ou o ‘cobrimento’ de várias civilizações indígenas. De minha parte, fico com a ideia de ‘cobrimento’!”[1].
Em outubro de 1492 alguns navios chegaram a terras estranhas. O comandante dessa expedição achava que tinha chegado a uma região rica em produtos cobiçados na Europa (as especiarias) e com uma população pronta para negociar com eles. Não foi bem isso. A expedição era composta por três navios espanhóis, comandadas por um genovês (Cristóvão Colombo) e ele havia chegado à ilha de Guanaani[2].
Então a questão que se poderia colocar é porque o continente aonde Colombo chegou não se chamou “Colômbia”, mas sim “América”?
Colombo, segundo suas cartas imaginava ter chegado num prolongamento do continente asiático, imaginava que era alguma ilha a leste de Cipango (como era chamado o Japão na época). Já Américo Vespucio, navegador e cartógrafo florentino já em 1502 após uma viagem ao litoral norte do atual Brasil (no Maranhão e Pará) garantia em suas cartas tratar-se de um novo mundo[3].


MAIAS, INCAS E ASTECAS

Antes de fazermos alguma reflexão sobre estes povos procuremos explicar porque de sua escolha e não de outros. Quando os europeus chegaram ao novo mundo procuravam povos que de alguma forma pudessem comercializar com eles, que tivesse algo que interessasse aos europeus. Estes três povos apresentavam assentamentos permanentes ou urbanos, agricultura, e arquitetura cívica e monumental e complexas hierarquias sociais, governos centralizados (com exceção dos maias que se organizavam em cidades-estados), criaram sistemas de escrita (exceto os incas).

MAIAS – habitavam a península do Yucatán, na América Central, alcançando seu apogeu no século VII. Sua economia baseava-se no cultivo de milho, feijão, batata-doce. Eles conheciam o uso do ferro, a roda, o arado e de transporte por animais. A sociedade estava organizada em diversas cidades-estados e eram dirigidos por sacerdotes.
Construíram grandes templos, pirâmides e observatórios de astronomia, criaram um calendário preciso e tinham um sistema de escrita. Praticavam arte da pintura mural e em cerâmica.
Quando os europeus aqui chegaram no século XVI os maias estavam começando a ser dominados pelos astecas.

ASTECAS – Estabelecidos a partir do século XII na região do atual México, tinham construído uma das maiores cidades do mundo na época, Tenochtitlán, tinha no século XV cerca de 200 mil habitantes. Astecas estavam em expansão a partir do século XIV. Sociedade de guerreiros era governada por um rei poderoso.
Plantavam milho, feijão, cacau, algodão, tomate e tabaco. Conheciam práticas comerciais de tecidos, peles, cerâmica, sal, objetos artesanais de ouro e prata. Não conheciam ainda o ferro, a roda e animais de carga. Tinham conhecimentos de ourivesaria.
Construíram templos e tinham escrita própria e um calendário. A conquista foi feita por Hernán (ou Fernando) Cortez a partir de 1519.

INCAS – Desenvolveram-se na América do Sul, na cordilheira dos Andes onde hoje se localizam o Equador, Peru, Bolívia e norte do Chile. Seu apogeu ocorreu no século anterior à chegada dos europeus, eram governados por um imperador considerado como uma divindade, filho do Sol (o Inca).
Tinham agricultura desenvolvida plantando milho, batata e tabaco. Praticavam essa agricultura em “terraços” nas encostas dos Andes. Conheciam tecelagem e cerâmica, metalurgia do bronze, cobre, ouro e prata.
Construíram cidades monumentais como Cuzco e Machu Pichu, palácios, templos, estradas pavimentadas, aquedutos e canais de irrigação, além dos “terraços” nas montanhas.
Não tinham escrita convencional, mas possuíam comunicação por intermédio dos “quipos”[4].
A conquista espanhola ocorreu a partir de 1531 comandada por Francisco Pizarro.

Notas:


[1] Carlos Guilherme Mota, “As viagens de Cristóvão Colombo”, disponível na internet, acesso 27/10/2011, no endereço: http://educacao.uol.com.br/historia/descoberta-da-america-as-viagens-de-cristovao-colombo.jhtm

[2] Ver matéria na Wikipédia – debate sobre qual teria sido a ilha da chegada de Colombo http://pt.wikipedia.org/wiki/Guanahani

[3] Ver artigo na Wikipédia biografia de Américo Vespúcio http://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rico_Vesp%C3%BAcio

[4] Quipos – Cordões coloridos nos quais se davam nós como forma de registrar as informações



Bibliografia:


Internet:

Artigo da Wikipedia, “Era Pré-colombiana”,
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%A9-colombiano Acesso 07/11/2011

Artigo, “As viagens de Cristóvão Colombo”, http://educacao.uol.com.br/historia/descoberta-da-america-as-viagens-de-cristovao-colombo.jhtm Acesso 27/10/2010

Artigo da Wikipedia, “Guanahani”, http://pt.wikipedia.org/wiki/Guanahani Acesso 07/11/2011

Artigo da Wikipedia, “Américo Vespucio”, http://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rico_Vesp%C3%BAcio Acesso 07/11/2011


Cotrim, Gilberto. “História Global – Brasil e Geral, Volume 1”, São Paulo, Saraiva, 2010;

Coe, Michael. “Antigas Américas, Mosaicos de Culturas”, Volumes 1 e 2, Michael coe, Dean Snow e Elizabeth Benson, Madrid, Edições Del Prado, 1996

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Civilizações Africanas até o século XV

Uma divisão cultural e histórica da África

Os historiadores europeus dividiam a África cultural e historicamente em duas: uma África branca ao norte, com contatos constantes com a Europa e a Ásia (a região da Palestina) e uma África negra ao sul do deserto do Saara, isolada e sem contanto com o mundo pretensamente civilizado.

O critério da cor para se falar de seres humanos merece críticas. Os seres humanos somos todos de uma mesma raça com diferentes etnias facilmente percebidas por uma característica externa, a pigmentação da pele. No entanto associou-se a pigmentação da pele dos europeus à cor branca, a dos africanos à negra, asiáticos à amarela e indígenas americanos à cor vermelha. Ideologicamente é feita uma leitura onde à cor branca associam-se aspectos positivos e à negra aspectos negativos.

Uma possibilidade de se entender e estudar a África é buscar características específicas da África e não modelos externos a ela. Assim, existe a proposta de dividir-se a África em uma África mediterrânica (Argélia, Marrocos, Líbia, Tunísia e Egito), de fato pela proximidade com maior influência tanto europeia quanto muçulmana e outra, localizada ao sul do Saara, onde, com exceção da África do Sul, em que a população de origem não africana (europeia e asiática é de quase 20%) nos demais essa população não africana é de menos de 5% e em muitas regiões inexistente, tornando a África subsaariana um grupo histórica e culturalmente africano, embora dividido em grupos culturais com especificidades distintas.

África mediterrânica

As informações mais antigas acerca dos povos africanos referem-se ao Egito, onde floresceu a 5 mil anos, no vale do rio Nilo, uma civilização que durou mais de 2 mil anos e deixou algumas marcas de sua grandeza, com grandiosas obras arquitetônicas e artísticas conservadas até a atualidade. Ainda na região do Nilo, outra civilização grandiosa foi a Núbia (750 a.C.), localizada na forquilha formada pelo encontro do Nilo Branco com Nilo Azul. Nessa região localizada no atual Sudão, houve sucessivos reinos que se impuseram sobre seus vizinhos.

Desde o início da era cristã, temos notícias de cristãos e judeus, tanto no delta do rio Nilo (Alexandria) como no Sudão e na Etiópia.

Mais tarde, após o século VII e VIII (após o ano 650) com a expansão muçulmana essa região é dominada pelos árabes.

O Saara, ao contrário do que os europeus pensavam sempre foi habitado por inúmeras tribos de “tuaregues”, um povo nômade que especializou-se na domesticação de camelos e atravessa o deserto de norte a sul e de leste a oeste a milênios. São eles os responsáveis pela ligação comercial e cultural entre o norte mediterrânico e o restante da África.

Os comerciantes tuaregues ligavam toda a região ao norte islamizado da África. Eles foram os principais difusores do islã por toda essa região que corresponde mais ou menos aos atuais países do Sudão, Chade, Níger, Mali, Burkina-Faso, Mauritânia e a região do Saara Ocidental no Marrocos. Foi aí que se formaram os antigos impérios de Gana (séculos VI a XIII), Mali (séculos XIII a XVII) e Songai (séculos XVII e XVIII).

África subsaariana

Os grandes impérios e civilizações que se organizaram nesta região foram mais ricas e exuberantes nas margens dos rios Níger e Senegal (na África ocidental) e Congo e Cuenza (na África central). A margem desses rios eram extremamente férteis e possibilitando a agricultura e a comunicação. Esses rios também favoreciam as atividades comerciais, que se serviam deles como vias de locomoção. As canoas eram os principais meios para transportar as cargas das caravanas que iam e vinham ligando as áreas de floresta ao deserto e aos portos do Mediterrâneo, aos quais as mercadorias chegavam em lombos de camelo.

Na região que abrange do leste do rio volta até o delta do Níger – terra dos (...)povos iorubas e muitos outros – existiam reinos, cujos chefes controlavam áreas consideráveis, se cercavam de pompa e privilégios, promoviam a construção de edifícios elaborados e estimulavam a confecção de objetos que impressionam até hoje pela beleza. Esses reinos tinham ligações entre si e com Ifé, espécie de cidade-mãe na qual se originaram as formas de organização política e social das outras cidades da chamada Iorubalândia ou Iorubo. Dessa região saiu grande parte dos africanos traficados para a América como escravos, por causa das vantagens que apresentava, como a abundância de oferta. Esses eram os prisioneiros das guerras entre diferentes grupos locais, vendidos aos comerciantes europeus.

Mais ao sul, na região do rio Congo, viviam e vivem, povos que chamamos de bantos, que tem uma origem comum, falam línguas semelhantes, e suas religiões e maneiras de se organizar são parecidas. Eles teriam partido do atual Camarões, de onde se espalharam por toda a África central, oriental e do sul, onde antes viviam povos com um tipo físico diferente, de baixa estatura e cujo idioma era caracterizado pela emissão de estalidos. Esses povos eram nômades e viviam de caçar e coletar o que encontravam na natureza. A partir de 1500 a.C. foram afastados ou se misturaram a grupos bantos, que fizeram a maior migração que se tem notícia na África... Eles eram agricultores, sabiam fazer instrumentos de ferro e iam ocupando terras desabitadas, se misturando aos antigos moradores ou expulsando-os para outros lugares.

Nas bacias dos rios Congo e Cuanza e nas terras ao redor também havia, como na África ocidental, uma variedade de povos falando línguas aparentadas, com modos de vida semelhantes.

Mais ao sul viviam os remanescentes dos povos coletores e caçadores desalojados pelos bantos, os bosquímanos e também os hotetontes, que haviam aprendido a pastorear o gado.

Fonte: Souza, Marina de Mello e. África e Brasil Africano, 2ª Ed., São Paulo, Ática, 2007, pp.14-23.

A África inventada

Os livros escolares de história na Europa Ocidental e inclusive no Brasil tem dado ao continente africano e às suas gentes um tratamento errado, escondendo a complexidade e a dinâmica cultural própria da África, tornando possível o apagamento de suas características especiais em relação ao continente europeu e mesmo o nosso.

Essas diferenças são tratadas segundo um modelo de organização social e política, bem como de padrões culturais próprios da civilização européia ocidental. Dessa forma os africanos são enquadrados num grau inferior de uma escala evolutiva que classifica os povos como primitivos e civilizados.

A África é entendida como se num passado remoto tivesse havido uma divisão entre uma chamada África branca com características mais próximas das ocidentais, mediterrâneas, e uma África negra, que se ignoravam mutuamente porque separados pelo deserto do Saara, ficavam privadas de comunicação.

Torna-se, portanto, evidente a existência de duas Áfricas com aspectos geográficos diferentes, classificadas em estágios de desenvolvimento diversos, povoadas por etnias distintas, branca e negra e, por fim, uma com e a outra sem história. Nessa perspectiva a África ao sul do Saara, até hoje conhecida como África negra, é identificada por um conjunto de imagens que resulta em um todo indiferenciado, exótico, primitivo, dominado, regido pelo caos e geograficamente impenetrável. Assim, a historiografia escolar do mundo ocidental coloca como início da história africana, como referência inicial o início do tráfico negreiro e da colonização da América, reforçando estereótipos raciais presentes até os nossos dias, que pode ser resumida na inferioridade da etnia africana e de seus descendentes.

A partir do momento em que foram utilizadas as noções de “brancos” e “negros” para nomear, de maneira genérica, os europeus colonizadores e os africanos colonizados, os segundos têm de enfrentar uma “dupla servidão”: como ser humano e no mundo do trabalho. O negro marcado pela pigmentação da pele, transformado em mercadoria e destinado a diversas formas compulsórias de trabalho, também é símbolo de uma essência racial imaginária, ilusoriamente inferior.

Fontes: Hernandez, Leila Leite. A África na sala de aula – visita à história contemporânea. 2ª Ed. São Paulo, Selo Negro, 2008, pp. 17-23

Mapa da África - verifique lista abaixo


CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR

Fonte: http://www.luventicus.org/mapaspt/africa.html
Acesso: 22/10/2011